“A possiblidade de venda da CAGEPA é real”, diz trabalhador da estatal durante entrevista na cidade de Patos.

Concedendo entrevista na noite desta quinta-feira, dia 23, ao programa Polêmica, levado ao ar pela Rádio Espinharas, o funcionário da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA), Cícero Duarte, que também é diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba (STIUPB), disse que a possibilidade de venda da estatal é real.
O líder sindical fez esclarecimentos sobre as discussões em torno das negociações para a venda de várias empresas que ainda pertencem ao povo brasileiro, entre estas a CAGEPA. Cícero destacou que mesmo havendo a negativa por parte do Governador Ricardo Coutinho (PSB) da possiblidade de privatização da CAGEPA, essa possiblidade existe, pois, o governador sinalizou através de adesão em 2016 ao plano das parcerias públicas de investimento lançado pelo presidente Michel Temer (PMDB).
Esclarecendo as diferenças entre privatização, Parceria Público Privada (PPP) e Parceria Pública de Investimento (PPI), o funcionário disse que o Governador Ricardo Coutinho fez contratação para ver quais os modelos que podem ser implantadas na Paraíba para a CAGEPA. No caso das cidades que dão lucro, a CAGEPA seria vendida a empresa privada (Privatização). Nas cidades em que a CAGEPA não dá lucro, grande maioria dos pequenos municípios, o governo faz investimento na companhia e repassa para a empresa privada (PPI). “Se o município der lucro é da empresa privada. Se der prejuízo é do estado”, disse Cícero.
Cícero Duarte relatou que a água é um bem universal e não pode ser tratada como mercadoria para dar lucro a uma empresa privada sem levar em conta o fator social do estado. “É importante ressaltar que a CAGEPA é o maior patrimônio do povo paraibano! A venda da CAGEPA seria o maior impacto para o povo. Sem contar que nós temos a plena convicção que as tarifas não vão ficar como são hoje. O consumidor residencial paga trinta e poucos reais e tem acesso a 10.000 litros de água. Se você for de baixa renda paga pouco mais de R$ 10,00. O povo paraibano tem que estar consciente disso, que o negócio não é nada bom para o povo! A empresa privada visa lucro! ”, relatou.
"Aguá é um bem essencial! Não se pode privatizar água!", finaliza Cícero.



Jozivan Antero – Patosonline.com

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