Há 16 anos Irmã do saudoso radialista Paulo Porto alimenta os gatos do Cemitério São Miguel em Patos
A
funcionária pública aposentada Maria do Socorro Porto, de 70 anos, irmã
do saudoso radialista Paulo Porto, mora na Rua Santa Luzia, ao lado do
Cemitério São Miguel, no Belo Horizonte, e há 16 anos alimenta
diariamente os gatos que as pessoas colocam no referido campo-santo.
Ela gasta
mais de R$ 200,00 da sua aposentadoria só para comprar ração para os
gatos. Além da ração ela também os alimenta com as sobras do almoço. “Eu
fazia isso duas vezes por dia antes, mas agora, por conta de um
problema de saúde que eu tive, só estou podendo vir uma vez por dia
deixar a comida deles, sempre no fim da tarde”, disse.
Dona
Socorro não queria que o seu trabalho fosse divulgado na imprensa, mas
por insistência do editor da Folha Patoense, acabou permitindo porque,
no entender dela, de repente a reportagem até pode ajudar no sentido das
autoridades providenciarem um Centro de Zoonoses e abrigos que possam
solucionar a problemática dos animais abandonados na cidade de Patos.
Mais de cem gatos vivem no Cemitério São Miguel e o número
não para de crescer, pois, segundo ela, as pessoas continuam levando
gatos para o cemitério e os abandonam lá. “Faço esse trabalho e ainda
tem gente que critica, dizendo que o certo seria deixar os gatos
morrerem à míngua. Na verdade, se eles não forem alimentados no próprio
cemitério a vizinhança toda teria problemas, pois eles iriam sair para
buscar comida, invadiriam as residências do entorno do cemitério,
causando vários problemas e até sofrendo maus-tratos”, desabafou.
Dona
Maria do Socorro disse que espera que o poder público se sensibilize
com a situação dos animais soltos nas ruas e cemitérios de Patos e faça
um trabalho efetivo, que ofereça alimentação, abrigo e medicação, mas
enquanto isso não acontece ela vai continuar realizando esse trabalho.
Quando
ela entra no cemitério os gatos se aproximam, se avolumam, uma imagem
que impressiona pela quantidade de animais e pela paciência e respeito
com que a aposentada trata cada cada um deles.
Reportagem do Folhapatoense.
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